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Arca de Darwin

"Look deep into nature, and then you will understand everything better", Albert Einstein

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Arca de Darwin

14
Out14

Darwin e os "admiráveis" pombos

Arca de Darwin

Num post anterior escrevi sobre a importância que os pombos tiveram na elaboração da Teoria da Evolução. Entretanto fotografei vários pombos e julgo que as imagens ilustram bem a seguinte frase de Darwin: "A diversidade das raças de pombos é verdadeiramente admirável”.

pidgeons perth royal show 1

A frase é de A origem das espécies, onde também se lê:

“Os naturalistas que sabem bem menos que os tratadores sobre as leis da hereditariedade, que não sabem mais a respeito dos elos intermédios que ligam entre si longas séries genealógicas, e que, contudo, admitem que a maior parte das nossas raças domésticas derivam de um mesmo tipo, não poderiam tornar-se um pouco mais prudentes, e não zombarem da opinião de que uma espécie, no estado natural, pode ser a posteridade directa de outras espécies?”.

pidgeons perth royal show 2 pidgeons perth royal show 3 pidgeons perth royal show 4

27
Set12

Tributo ao outro pai da Evolução

Arca de Darwin
A partir de hoje está online, num só site (wallace-online.org), toda a extensa obra do britânico Alfred Russel Wallace (1823-1913). Quem foi este homem? Tão só o pai da Teoria da Evolução por selecção natural. E Darwin? Também. A verdade é que ambos chegaram à mesma conclusão, ao mesmo tempo, e em separado.

Depois, alguns textos menos “felizes” de Wallace e o facto de ele próprio cunhar o termo “Darwinismo” – título do livro que publica em 1889 e onde defende as ideias de Darwin – consagram Darwin como o genial pai da Teoria da Evolução – e, de facto, é – e remetem Wallace para um lugar secundário na História da Ciência.Os dois “conhecem-se” quando Wallace está na Malásia, em 1858 (Darwin publica A Origem das Espécies em 1859). Wallace, naturalista, envia uma carta a Darwin acompanhada de um manuscrito. Pede-lhe que leia e, caso ache “interessante”, o remeta ao geólogo Charles Lyell. Darwin achou-o mais do que interessante! Ao lê-lo constata que ambos chegaram às mesmas conclusões. É um Darwin perturbado que reencaminha o manuscrito a Lyell. Na carta que o acompanha escreve: “Os seus próprios termos são títulos dos meus capítulos. (...)Toda a minha originalidade será esmagada”. Nesse ano, Lyell sugere  apresentar as teses de ambos na Sociedade Lineana - o que acontece. Darwin e Wallace tornaram-se amigos, e o primeiro sempre tratou o segundo como “co-descobridor” da Teoria de Evolução.Em termos de pensamento, os dois discordaram sobre o alcance do darwinismo: Wallace considera que a selecção natural não explica atributos humanos como a moral e a inteligência. Quanto ao resto da sua obra, os aspectos mais infelizes relacionam-se com incursões no mundo sobrenatural, mas tal não deve apagar o imenso mérito noutras áreas. Wallace foi dos primeiros a alertar para a necessidade de conservar espécies ameaçadas e é também o Pai da Biogeografia. Para este outro “filho” muito contribui o trabalho em que descreve uma “linha” (actualmente conhecida como “Linha de Wallace”), na Ásia, que separa duas comunidades faunísticas diferentes: uma associada à Ásia e outra à Austrália. De facto, a linha resulta do movimento das placas tectónicas, estruturas que, na altura, o mundo desconhecia.

Imagem: Pablo Alberto Salguero

 
31
Ago12

A mensagem mais importante

Arca de Darwin
A revista SEED recupera o desafio lançado pelo físico teórico Richard Feynman* (1918 – 1988) numa palestra e pergunta a 11 eminentes pensadores de diferentes áreas: “Se um cataclismo levasse ao desaparecimento de todo o conhecimento científico, e se só pudéssemos passar uma frase às gerações futuras, que mensagem conteria a maior quantidade de informação, num menor número de palavras?”

Para Feynman o mais importante é que “todas as coisas são feitas de átomos, pequenas partículas que movem-se num movimento perpétuo (...)”. Entre as respostas dos 11 interpelados pela SEED destaca-se a teoria da Evolução. Numa altura em que a preocupação com a economia serve de pretexto para ignorar problemas ambientais e destruir recursos naturais, o galardoado ecologista Carl Folke, da Universidade de Estocolmo, Suécia, une na sua frase átomos, evolução e economia:

“Humans have a tendency to fall prey to the illusion that their economy is at the very center of the universe, forgetting that the biosphere is what ultimately sustains all systems, both man-made and natural. In this sense, ‘environmental issues’ are not about saving the planet—it will always survive and evolve with new combinations of atom—but about the prosperous development of our own species.”

(“Os humanos tendem a cair na ilusão de que a sua economia é o centro do universo, esquecendo que a biosfera é, em último caso, o que sustenta todos os sistemas, tanto os naturais como os criados pelo homem. Assim, “questões ambientais” não se referem a salvar o planeta – ele sobreviverá e evoluirá com novas combinações de átomos – mas têm que ver com o próspero desenvolvimento da nossa própria espécie”.)

 

*prémio Nobel da Física, autor de vários livros de divulgação científica, como Retrato de um físico enquanto homem e Está a brincar, Sr, Feynman!

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