Cascata da Contradinha e Cascata do Boição (Loures)
A cascata da Contradinha e a cascata do Boição, ficam a apenas 7 quilómetros de distância (por estrada) uma da outra, em Santiago dos Velhos e Bucelas, respetivamente, município de Loures.
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A cascata da Contradinha e a cascata do Boição, ficam a apenas 7 quilómetros de distância (por estrada) uma da outra, em Santiago dos Velhos e Bucelas, respetivamente, município de Loures.
Há já alguns anos que não ia ao Carnaval de Sesimbra (as outras vezes - 2013 e 2015 - estão documentadas aqui, aqui e aqui). Amanhã (dia 25) há outro desfile.
No início da semana passei pela EBIO de Fontelas, em Loures. As orquídeas já começaram a florir. Infelizmente, o terreno que fica do lado direito no início do percurso da EBIO foi arado e plantado. Esse terreno não só costumava ficar coberto de orquídeas piramidais como era o único local desta EBIO onde encontrei orquídeas-dos-homens-nus e orquídeas-gigantes. Neste passeio encontrei estas últimas junto à estrada, a cerca de 200 metros da aldeia (nas fotos, em baixo). A outra espécie de orquídeas que já floriu é a erva-vespa-rosada. Mas há por ali muito mais para ver e fotografar.
Um ano após o encerramento para remodelação o Jardim Botânico Tropical reabriu portas no final do mês passado. Este Jardim, que em 2015 passou para a Universidade de Lisboa, tem 5 hectares abertos ao público e fica junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, Lisboa.
Não sei o nome deste poço pequenito, em Carvalhais (São Pedro do Sul) mas tem a grande vantagem de ficar a uns poucos minutos de distância, a pé, do recinto (campo de futebol) do Tradidanças.Para lá chegar desce-se a estrada que passa por trás do cemitério e depois vira-se à direita, logo que se começa a ouvir a água a correr.
O caminho de terra faz-se já sob a protecção da copa das árvores, ao longo das margens muradas que cingem o rio. E esse caminho tem muito para ver: libelinhas, borboletas, aves, répteis, flores...
Esporas-bravas
Borboleta-tigrada
Alfaiate
A escassos (4 ou 5) minutos de São Pedro do Sul, a praia fluvial de Pouves convida ao descanso sob a sombra das árvores e a um mergulho no rio Sul.
Antes de a ponte romana existir, a travessia do rio fazia-se pelas poldras (pedras no leito do rio).
A praia conta com um pequeno bar, uma esplanada e casas de banho.
A paisagem do Poço Negro é de cortar a respiração. O rio Teixeira corre entre escarpas de vegetação cerrada, abrindo caminho entre as pedras, esculpindo-as, até que se precipita lá do alto formando uma cascata que alimenta uma enorme piscina natural. É um privilégio nadar ali e desfrutar daquele cenário.
Indo de Carvalhais, (ou de São Pedro do Sul) basta seguir as setas ― o Poço Negro fica a cerca de 20 km. O acesso é fácil, mas já perto do poço a estrada esburacada obriga a deixar o carro a meio de uma descida. Resultado: a subida de regresso é algo penosa. Todavia, a canseira vale bem a pena, pois é de facto um local idílico.
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A Praia da Ursa é a praia mais ocidental de Portugal Continental, e é lindíssima. Situada a apenas algumas centenas de metros do Cabo da Roca tem um acesso nada fácil (e apresenta perigo de derrocadas). Mas é um verdadeiro deleite.
Quando se começa a descida veem-se ao longe, emolduradas pelo verde das escarpas e pelo azul do mar, duas enormes rochas. A mais pontiaguda, a da frente, é a Ursa, a maior, a de trás, é o Gigante.
É a lenda da Ursa que dá nome à praia. Conta-se que ali vivia uma ursa com as suas crias na altura em que começou o degelo. Os deuses disseram a todos os animais para saírem da beira-mar, mas a ursa desobedeceu, porque sempre ali vivera e ali queria continuar. Os deuses castigaram a ursa e as crias transformando-as em pedra.
Não consegui discernir a figura de qualquer urso nas rochas, mas encontrei o perfil de um rosto humano e o de um leão sentado...
Mas há muitos outros motivos de interesse, quer se olhe para o chão, para as aberturas nas rochas, para as próprias rochas, ou para o mar. De facto, a praia é muito procurada por fotógrafos, e também por turistas e nudistas.
Ao final do dia, e com a maré vazia, pude passear pelas várias partes da praia e assistir à variação rápida da luminosidade.
Há uns dias estava a vasculhar o caos que é o meu "arquivo" e encontrei estas fotografias que tirei há uns anos em Lisboa. A ideia que tenho desta cidade constrói-se e transforma-se ao longo tempo, o que, aliás, acontece com a própria cidade. E cada um de nós tem a sua própria Lisboa. "Umwelt" — "mundo próprio" —, um termo que revisitei recentemente e que aprendi nas aulas de Etologia, traduz isso mesmo: nós, e os outros animais, mesmo partilhando o mesmo espaço, experienciamo-lo de modo diferente. A Lisboa destas fotos é "própria" desde logo porque cinge-se essencialmente a Alfama. Depois, porque resulta de um passeio que dei após ter estado algum tempo fora do país. Assim, é um olhar que de certa forma combina descoberta e saudade. Há tons, detalhes e enquadramentos novos, mas também há a luz, a calçada e a porosidade de sempre. Há a Lisboa dos alfacinhas e a dos turistas, a de lugares específicos e a de conceitos como "becos e vielas", a das flores e a dos animais. Lisboa é sempre a mesma, e nunca se repete.
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